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A deputada Adriana Borgo e os demais deputados do PDO (Parlamentares em Defesa do Orçamento), em cumprimento a uma de suas principais atribuições, a de fiscalizar os atos do governo, sobretudo os gastos emergenciais nesta pandemia, estiveram na tarde desta quinta-feira, 4, no Hospital Municipal de Campanha do Anhembi para conferir o atendimento a pacientes da Covid19.

Causou estranheza aos parlamentares o anúncio feito pelo governo de São Paulo de alugar 4.500 leitos em hospitais particulares ao custo total de R$ 594 milhões sob o argumento de aumentar a capacidade de atendimento a pacientes. Suspeitava-se, em princípio, que a situação era de extrema gravidade ao ponto de se recorrer à iniciativa privada, mas o que se viu no HMCam do Anhembi foi um imenso galpão inoperante.

Outra preocupação do grupo está relacionada ao fato de que a organização responsável pela administração do hospital tem histórico de má gestão e envolvimento em escândalo de corrupção. Trata-se do IABAS (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), uma organização social investigada por irregularidades em outros contratos de administração de hospitais em São Paulo, tanto pelo Tribunal de Contas do Município e pela Controladoria da Prefeitura. Também é suspeita de superfaturamento em contratos nas áreas de saúde no Rio de Janeiro.

O deputado Márcio Nakashima foi o primeiro a entrar e gravou imagens do celular de alas inativas, sem camas, equipamentos, tampouco funcionários.

Na entrada principal, Nakashima encontrou a comitiva, composta pelos deputados Sargento Neri, Coronel Telhada, Adriana Borgo e Leticia Aguiar. Ao tentar entrar, o grupo encontrou resistência dos controladores de acesso e formou-se um princípio de tumulto até que a coordenadora de comunicação da IABAS, Simone Dantas Miranda autorizou a entrada.

Devidamente paramentados, e acompanhados por uma equipe de saúde, o grupo visitou todas as alas, gravou imagens, com autorização, mantendo total respeito e cordialidade aos profissionais e, principalmente preservando a imagem e a condição de saúde dos 220 pacientes internados.

O grupo apurou que o HMCamp do Anhembi foi preparado para atender 1.800 mil pacientes, mas apenas 516 leitos estão aptos a receber doentes. Desde que iniciou as atividades já atendeu 2.100 pacientes, dos quais 1510 foram curados e 12 morreram.

Em nome da população paulista, já sob extrema tensão e medo desta doença devastadora, o PDO reafirma seu compromisso de zelar pela qualidade no atendimento à saúde e assegurar que os gastos públicos sejam ofertados com mais zelo e total transparência. Diante de tudo o que viram, ficou claro para os deputados, mais uma vez, investimento desnecessário em hospital de campanha que, passada a pandemia, não continuará servindo o estado.
O grupo solicitará esclarecimentos à Prefeitura, depois estudará providências.

O PDO é formado pelos deputados Sargento Neri, Márcio Nakashima, Coronel Telhada, Adriana Borgo, Leticia Aguiar, Coronel Nishikawa, Ed Thomas, Conte Lopes e Tenente Coimbra.

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